O primeiro dia da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (FIMEC), que começou na terça-feira, dia 12 de março, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, teve corredores movimentados e expositores mostrando suas principais novidades para o setor coureiro-calçadista. Como já era esperado, a visitação de estrangeiros esteve em evidência, confirmando uma maior internacionalização do evento. "Esta é uma grande oportunidade que as nossas empresas têm de fechar negócios tanto no mercado interno quanto com o exterior. A FIMEC tem a vantagem de reunir, em um único evento, todas as áreas que formam este grande segmento do couro e do calçado", destaca o diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam.

Os argentinos Miguel Taldo e o filho Ariel Ramon Taldo, da MAT Desenho e Assessoramento, visitam a FIMEC desde os anos 80. “Viemos para conferir tudo o que é moda, ficar por dentro de novos produtos e fazer contatos com diferentes fabricantes. Gostamos das feiras do Brasil, são muito boas”, destacaram eles. O engenheiro venezuelano Cesar Castillo, presidente da Fissa Calçados de Segurança, é outro estrangeiro que valoriza as máquinas brasileiras. “Em nossa fábrica, temos máquinas brasileiras e italianas, pois são as mais fortes e produtivas. Estou procurando máquinas injetoras e montadoras e gostando do que vi até agora”, afirmou ele, que está na feira a convite da Abrameq.

Juarez Martins, diretor da Rassa Calçados, de Nova Serrana, Minas Gerais, considera a FIMEC a melhor feira do setor. “É a nossa referência para tudo, pois 80% da matéria-prima que utilizo compro aqui. E sempre há novas tecnologias. Não dá para ficar de fora”, afirmou. O diretor industrial Gilson Silveira, da empresa Audaces, de Florianópolis, Santa Catarina, veio para estudar o mercado calçadista. “Estou gostando da qualidade e da organização das exposições. Trabalhamos com soluções para a indústria de confecção e estamos planejando ampliar para o setor calçadista. Penso que com algumas adaptações iremos atender também esta fatia de mercado”, contou Silveira. Já o gerente da empresa de palmilhas Josana Vaz Vanini, Marcos Antônio Vanini, participa da FIMEC há dez anos. “Venho para ver de tudo. É muito bom fazer parte desta feira. Se não venho, fico perdido em termos de tendências e tecnologia. E hoje a tecnologia anda muito rapidamente. Tento fazer a feira em um dia, mas sempre acabo ficando mais. Estou procurando por tecnologia”, salientou.

A FIMEC, em cada edição, apresenta uma série de novidades. Entre elas está a Lusiteq, empresa de Campo Bom que está há cinco anos no mercado e que lançou no início deste ano uma máquina de rolagem que realiza a impressão em 360 graus. O vendedor Wesley Souza, que espera fazer bons negócios durante a feira, explica que a maioria das máquinas pinta somente em 180 graus. “Não conhecemos equipamento como este no mercado. Já vendemos para a Argentina e para Minas Gerais”, ressaltou. O novo formato de impressão tem seus benefícios. Se o desenho da cepa de PU for estampado, a pintura ficará sem emendas. “O tampão de silicone rola e um sensor faz a cepa rolar também, em qualquer formato. Além de proporcionar maior produção, pois não precisa parar para girar a peça, o gasto com o tampão de silicone é muito menor”, diz Souza. A Lusiteq vende máquinas especializadas em tampografia e há quatro anos participa da Fimec.

A FIMEC é uma realização da Fenac e da Prefeitura de Novo Hamburgo, contando com a parceria das principais entidades do setor: Associação Brasileira de Estilo e Cultura Calçadista (ABBECA), Associação Brasileira de Químicos e Técnicos da Indústria do Couro (ABQTIC), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (ABRAMEQ), Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (ASSINTECAL), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e Universidade Feevale