SDS lança Programa Diálogo e Convivência com a Cultura Indígena na segunda-feira

Conforme a secretária de Desenvolvimento Social, Jurema Guterres, o projeto foi desenvolvido porque a SDS tem como prioridade o atendimento às populações em situação de risco social, e as comunidades indígenas que circulam em Novo Hamburgo se enquadram nesta condição. De acordo com Jurema, a secretaria é frequentemente questionada sobre o fato das crianças indígenas estarem nas sinaleiras e ruas, vendendo artesanato ou pedindo esmolas, por isso é necessária alguma ação no sentido de compreender o caso e verificar se há necessidade de intervenção. “Estamos desenvolvendo este trabalho para entendermos como a população indígena trata estes temas e podermos propor soluções com diálogo e consenso. Não podemos simplesmente adotar atitudes externas, que sejam impostas a essas pessoas”, pondera a secretária.
De acordo com a SDS, a população indígena presente nas ruas da cidade provém da aldeia Por Fi, de São Leopoldo. Por isso, esta primeira atividade do programa buscará resgatar e divulgar junto à comunidade hamburguense a história e cultura deste povo através da exposição de aspectos como culinária, artesanatos, danças, cantos, brincadeiras e religiosidade. Na ocasião também será apresentado ao grupo indígena outro projeto da SDS, o Fazendo Direito, cujo objetivo é capacitar pessoas leigas na compreensão dos Direitos Humanos, para que estejam aptas a cobrar sua prática nas ações do poder público. Em caso de chuva, o evento será transferido para a quinta-feira, 22 de abril, no mesmo horário e local.
Parceiros do evento:
COMIN – O COMIN coordena e gestiona a política indígena da Instituição Sinodal de Assistência Social, Educação e Cultura (ISAEC), através do Departamento dos Assuntos Indígenas (DAI). Atua diretamente com vários povos indígenas no país, bem como com a sociedade envolvente. O COMIN foi responsável pela intermediação inicial do diálogo entre a SDS e a Aldeia Por Fi.
Feevale – Realizará no local exposição de banners do Programa de Extensão Identidade, Etnia e Gênero (NIGERIA), com destaque para seu Projeto Múltiplas Leituras.
SMED – A Secretaria de Educação e Desporto (SMED) estará presente através de Exposição Fotográfica do acervo do trabalho que vem realizando com a Aldeia Por Fi desde 2006 e também com Painel sobre a Formação realizada recentemente com os Profissionais da Educação, COMIN e Faculdade EST. Farão parte do público do evento crianças da Rede Municipal de Ensino.
SECULT – parceira na produção do evento com intuito de promover e dar visibilidade à cultura indígena.
SEDETUR – comercialização dos produtos em parceria com a Economia Popular e Solidária no Município.
Guarda Municipal de NH – Está comprometida em dar atenção às crianças e suas mães que vendem seus artesanatos nas esquinas.
Conselhos Tutelares – responsável pelo fiscalização do cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, compreende que esta atenção deve ser estendida às crianças indígenas.
Um pouco da História da Aldeia PorFi
Comunidade Por Fi: os indígenas chegaram em 1996 a São Leopoldo, com três grupos familiares. Inicialmente se instalaram junto ao Rio dos Sinos, depois às margens da BR-116, até o final de 2007. No início de 2008 mudaram-se para o bairro Feitoria, numa área cedida pelo Município, que hoje passa por trâmites para regularização.
A comunidade possui uma escola bilíngue anexa à E.E. Haidee Rostirolla e conta com uma população entre 100 e 120 pessoas.
Fonte: Programa de Extensão Identidade, Etnia e Gênero - NIGERIA/ Projeto Múltiplas Leituras que trabalha com formação de professores, principalmente no que diz respeito à questão indígena)