SDS lança Programa Diálogo e Convivência com a Cultura Indígena

Publicada em 19/04/2010 - Atualizada em 17/10/2024
Nesta segunda-feira, 19 de abril, a Prefeitura de Novo Hamburgo, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SDS) fez o lançamento do Programa Diálogo e Convivência com a Cultura Indígena. O ato ocorreu na Praça do Imigrante e contou com a presença do prefeito Tarcísio Zimmermann, da secretária da SDS, Jurema Guterres, integrantes da aldeia Kaingang Por Fi, de São Leopoldo, e o representante do Conselho de Missão entre Índios (Comin), Carlos Bock. Também participaram turmas de escolas da rede pública e privada do Município, que assistiram uma apresentação de música e dança das crianças da aldeia.

A ação faz parte do Programa Fazendo Direito, que objetiva contribuir para a qualificação das políticas públicas municipais com relação à temática dos Direitos Humanos a partir do estabelecimento de parcerias entre a rede institucional, operadores do direito e sociedade civil organizada.

Conforme a secretária Jurema, o projeto pretende humanizar os serviços prestados garantindo um atendimento qualificado às populações em situação de risco social, e as comunidades indígenas que circulam em Novo Hamburgo se enquadram nesta condição. “Este trabalho com a população indígena propõe soluções através do diálogo e consenso. É um momento de convivência onde a cultura e costumes dos Kaingangues se adapta aos modos do homem branco e vice-versa. Nossas ações são baseadas no respeito aos Direitos Humanos”, afirmou.

Reflexão

Para o prefeito Tarcísio Zimmermann, o Dia do Índio, assim como o 8 de maio, ou o dia da Consciência Negra não pode ser apenas de comemoração. “São datas de lutas em que devemos fazer uma revisão das conquistas. Mesmo assim sabemos que há muito o que fazer. Vamos continuar essa caminhada que tem como objetivo comum, o bem-estar de todo ser humano”, frisou. O prefeito reconheceu que essa não é uma tarefa fácil, mas reafirmou seu compromisso de promover políticas públicas eficientes para evitar que as crianças da aldeia não fiquem pedindo esmolas.

Diálogo

O cacique Alécio de Oliveira, que participou da atividade, convidou os presentes a conhecer um pouco da arte e da cultura Kaingang que estavam expostos pela Praça do Imigrante. “Queremos fazer deste ato um momento de reflexão e lutas. Desejamos que os governantes promovam dignidade sem interferir em nossos costumes, para isso o diálogo é fundamental”, declarou.

Já o representante do Comin, Carlos Bock, parabenizou a SDS pela iniciativa e disse que é necessário defender a cultura indígena. “As ações devem ser integrais e envolver o poder público e a sociedade, para que os direitos dos índios sejam preservados”, ponderou.