Inserção de pessoas com deficiência é tema de reunião

Publicada em 04/10/2010 - Atualizada em 17/10/2024
Os auditores Émerson Tyrone Mattje (esquerda) e Ana Maria Machado da Costa (direita) falaram sobre o mercado de trabalho - Foto: Fernanda Kern
“Mais que falar, o importante neste momento é ouvir e compartilhar informações.” A frase iniciou a fala da auditora fiscal da Superintendência Regional do Trabalho, Ana Maria Machado da Costa, durante reunião na tarde de segunda-feira, 4 de outubro. O comentário de Ana Maria também resumiu a forma como foi estruturado o encontro, que reuniu representantes do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência (CMPPD), além do auditor fiscal Émerson Tyrone Mattje, da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Novo Hamburgo. A Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (ADEVIS), recebeu o evento.

O objetivo da atividade, que contou com a parceria da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência (CPPD) da Prefeitura de Novo Hamburgo, foi debater a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “É comum ouvir de empresas que 'a pessoa não tinha os requisitos para assumir a função', mas elas não dizem quais são esses requisitos”, explicou o presidente do CMPPD, Ricardo Seewald.

A auditora Ana Maria concordou com a afirmação. “Apenas 45% das vagas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro estão ocupadas. O que as empresas argumentam, é que faltam profissionais qualificados.” Por este motivo, o Ministério do Trabalho possui ações com objetivo de ampliar a capacitação dessas pessoas, como a auditora retratou. “Temos desenvolvido trabalhos em várias cidades da região metropolitana para capacitar esse público e incluí-lo no mercado de trabalho.” Ela citou, por exemplo, o projeto Jovem Aprendiz, onde o aluno tem a possibilidade de aliar teoria e prática.

Para o coordenador da CPPD, Darwin Kremer, o momento foi bastante significativo. “Um dos eixos para a inclusão é a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, para que elas consigam sua independência financeira. Debater sobre a lei de cotas e ver ações do Ministério do Trabalho em outros municípios nos mostra o caminho a ser seguido para que esse objetivo seja atingido”, citou.