Medição de pés mobiliza Grupos de Terceira Idade de Novo Hamburgo

Publicada em 15/10/2010 - Atualizada em 17/10/2024
Edy de Oliveira, 77 anos, realizou a medição de seu pé - Foto: Fernanda Kern
O pé das mulheres sofre transformações ao longo dos anos. Com o tempo, fica cada vez mais difícil encontrar sapatos bonitos e confortáveis. Esta constatação levou o núcleo de pesquisa aplicada do SENAI de Novo Hamburgo a realizar uma pesquisa aprofundada na área. O objetivo da pesquisa é mapear o tamanho dos pés das mulheres maiores de 55 anos e, a partir destas informações, desenvolver protótipos de calçados que aliem beleza e conforto. Os dados coletados no Rio Grande do Sul serão comparados com informações colhidas em Minas Gerais e na Paraíba. A pesquisa, batizada de “Mais Calce”, deve estar concluída até março do ano que vem. Depois disso, empresas do ramo calçadista devem ser informadas dos resultados.

Trabalho nos Grupos de Idosos

Para medir os 1.200 pés necessários em Novo Hamburgo, a pesquisadora Carmen Serrano, coordenadora do estudo, pediu a ajuda da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas Idosas (CPIdosos) da Prefeitura de Novo Hamburgo. Com a parceria, diversos grupos de Terceira Idade do Município estão sendo visitados. Na tarde de quinta-feira, dia 14 de outubro, foi a vez do Grupo da Saudade.

A presidente do grupo, Edy de Oliveira, 77 anos, foi uma das que teve o pé medido durante a atividade. “Eu não tenho problemas em encontrar calçados bons, mas ouço muitas reclamações das minhas amigas sobre isso”, conta. Calçando 36 e com um pé bastante simétrico, ela acredita ter sorte. “Eu tenho um pé bom. Porém as pessoas de mais idade precisam de calçados mais confortáveis e que sejam bonitos também.” Edy afirma que o estudo também faz bem para a autoestima das idosas. “Nós nos sentimos valorizadas com isso”.

Para a coordenadora da CPIdosos, Jossara Cardoso, o estudo é importante para a Terceira Idade. “Quando a Carmen me procurou para a parceria fiquei feliz, pois ultimamente, ando tendo dificuldade de encontrar calçados bonitos e confortáveis também”, lembra. Ela conta que costuma ouvir a mesma reclamação de outras mulheres. “Ouço muitas queixas, principalmente porque o idoso de hoje em dia é muito ativo, vai a bailes e é mais independente. É necessário que o calçado para este público tenha conforto”.