A manhã desta terça-feira, dia 17, no gabinete da prefeita Fátima Daudt, foi marcada pela emoção e por lembranças cheias de significados, especialmente para a cultura hamburguense. No Dia do Patrimônio Cultural, Fátima, junto como o secretário municipal da Cultura, Ralfe Cardoso, recebeu o servidor público Udo Sarlet que, por meio de um documento assinado junto com o irmão Ingo Sarlet, formaliza a entrega ao município da biblioteca dos pais, Ernest e Erica Sarlet, um acervo riquíssimo formado ao longo de décadas por livros, fotos, manuscritos, fitas de gravação e outros itens que representam parte do legado que o professor Ernest Sarlet deixou para a cidade. O documento assinado pelos irmãos Sarlet também solicita o tombamento do acervo entregue. O pedido ganha ainda mais contornos especiais porque nesta data, 17 de agosto, o professor Sarlet faria 89 anos. Ele morreu em 2006 e deixa uma herança cultural marcada também por muito trabalho e dedicação incondicional à cultura, ele foi secretário municipal de Educação, e foi o responsável por implantar a informática nas escolas municipais, entre outras propostas inovadoras e revolucionárias.

Nesta manhã, Fátima Daudt relembrou episódios importantes protagonizados pela visão de futuro de Sarlet e o quanto a comunidade hamburguense será privilegiada com a possibilidade de acessar tudo o que o professor Sarlet reuniu quando se trata de cultura. “Pessoalmente tenho lembranças maravilhosas do casal Ernest e Erica, e sei o quanto a exposição e oferta deste acervo vai enriquecer culturalmente ainda mais a nossa comunidade. Como gestora, estou orgulhosa em fazer parte deste momento”, disse a prefeita.

Udo Sarlet, por sua vez, falou da decisão, junto do irmão em fazer esta doação por acreditar no reconhecimento do valor público da dedicação ao ensino e à educação durante toda a vida dos pais. “Eles sempre acreditaram e trabalharam para difundir a cultura e viveram plenamente isso”, disse Udo.

De acordo com o secretário de Cultura, o acervo doado pode ser visto, neste momento, sob duas óticas. “Temos um vasto material que pode ser usado para consulta e pesquisa local. Também há livros de literatura que devem circular, como acreditamos que o professor Sarlet gostaria de ver”, ressaltou Ralfe Cardoso.