Novo Hamburgo reduz índice de infestação do mosquito da dengue

O 3º Levantamento de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em Novo Hamburgo, referente ao mês de agosto de 2023, apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,2%, isto é, a cada 45 imóveis um teve a presença de Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e outras doenças. O resultado mostra uma redução em comparação com o levantamento de maio, quando o município registrou um índice de 5,9%.
O Ministério da Saúde classifica os municípios conforme seu índice de infestação predial: Índices inferiores a 1% são considerados satisfatórios; de 1% a 3,9% reforçam alerta; e superior a 3,9% apresentam risco de surto para iminente perigo à saúde pública.
Foram vistoriados 3.578 imóveis, onde houve coletas de 135 amostras de larvas e/ou pupas para identificação. Cerca de 63% delas se apresentaram positivas para Aedes aegypti. O levantamento é realizado por meio do Projeto de Prevenção e Combate à Dengue, uma parceria entre a Prefeitura de Novo Hamburgo e a Universidade Feevale.
“Apesar de o resultado do LIRAa ter apontado uma melhora no quadro geral, isso não reduz a necessidade de eliminarmos e permanecermos atentos aos focos do mosquito da dengue. Para isso, é importante que a população e o poder público continuem os esforços para reduzir ainda mais o índice na cidade”, reforça a gerente em Vigilância em Saúde, Débora Spessatto Bassani.
As amostras positivas para o mosquito foram encontradas principalmente em depósitos que fazem parte do nosso dia a dia. A maioria delas (49,4%) estava em pratos de vasos de plantas, potes de água de animais e baldes com acúmulo de água. Outros locais foram ralos, calhas entupidas, pneus e lixo sem descarte adequado.
Até agosto, Novo Hamburgo registrou 3101 notificações de suspeita de dengue, com 1655 casos confirmados e 170 em investigação, além de um caso de Chikungunya importado de outro município.
Ações de prevenção
O Projeto de Prevenção e Combate à Dengue continua executando ações de campo pelos bairros, com o objetivo de alertar e auxiliar a população sobre os cuidados necessários para impedir a proliferação do Aedes aegypti. Além disso, estão sendo realizadas reaplicações de inseticida em pontos estratégicos. Nesta sexta-feira, dia 9, locais dos bairros Rincão, Primavera e Canudos receberam a aplicação do inseticida.
Auxílio da população
O LIRAa aponta que os principais criadouros do mosquito são vasos de flores e pequenos recipientes dentro dos pátios. A população deve realizar semanalmente uma vistoria em sua residência e executar ações que auxiliem na eliminação dos focos do mosquito, tais como:
- Tampe os tonéis e caixa d’água;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela. Coloque água sanitária nos ralos e em locais onde não seja possível alcançar para esvaziar;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Elimine ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
- Semanalmente renove a água das bromélias com jato da mangueira.
Essas medidas simples podem ajudar a reduzir o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti e contribuir para a prevenção de doenças transmitidas por ele, como a dengue, zika e chikungunya.
Sobre o Aedes
O Aedes aegypti tem em média menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. O mosquito costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.
Sintomas da dengue
Os sintomas de dengue incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. A orientação é para que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.