Antigo prédio do Lar da Menina começa a ser revitalizado

Publicada em 16/01/2013 - Atualizada em 17/10/2024
Lar da Menina começa a ser revitalizado - Foto: Diogo Fernandes
“Isso vai dar ainda mais vida para Hamburgo Velho”. Com estas palavras, o prefeito de Novo Hamburgo, Antônio Lucas, assinou o início de obras da restauração e revitalização do prédio que, erguido no final do século 19, abrigou o Lar da Menina. O ato ocorreu na manhã da quarta-feira, 16 de janeiro, em frente ao próprio imóvel, que fica na Avenida Doutor Maurício Cardoso. A obra, que tem previsão de durar 18 meses, transformará as edificações situadas em Hamburgo Velho, bairro que deu origem ao Município. Hoje em ruínas, o Lar da Menina será destinado à cultura, à história e ao desenvolvimento tecnológico de Novo Hamburgo.

Serão investidos no local cerca de R$ 2.580.000,00, dos quais R$ 2 milhões são oriundos de um convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o restante como contrapartida do Município. Depois de pronto, o prédio deve abrigar um módulo da Hamburgtec (parque tecnológico urbano para empresas de economia criativa), além de espaços para exposições, memoriais, café, livraria, ludoteca e videoteca. "Esse espaço terá uma grande representativade econômica e histórica na cidade", ressaltou Lucas.

A restauração do antigo Lar da Menina está incluída no Plano Municipal de Desenvolvimento Integrado (PMDI), que prevê a recuperação do Centro Histórico de Hamburgo Velho, do Centro da cidade, do Parcão e da Sub-bacia do Arroio Pampa.

Sobre o Lar da Menina

Inicialmente chamado de "Evangelisches Stift" (Fundação Evangélica), o Lar da Menina foi fundado pelas irmãs Lina e Amália Engel, que adquiriram o prédio (construído em meados de 1886) que pertencia ao Sr. Jacob Kroeff, para nele realizarem um trabalho voltado para moças evangélicas. A iniciativa oferecia às alunas uma sólida formação moral e cristã, além de prepará-las para os encargos do lar e orientá-las como futuras mães.

Em 1895, as irmãs doaram o prédio ao Sínodo Evangélico Rio Grandense (hoje IECLB) e o local se transformou no Internato para Meninas de Novo Hamburgo. Com cerca de 60 alunas, houve a necessidade da primeira reforma. Em 1912, a casa foi novamente modernizada para poder receber um maior número de meninas. Entre as inovações, estavam a construção do segundo piso para dormitório de alunas e professoras. No local as moças recebiam aulas de português, religião, música (aprendendo a tocar instrumentos, como o piano), pintura e bordado.

No final da década de 90, um incêndio destruiu boa parte do prédio, que durante anos ficou abandonado. Com a iniciativa da atual Administração, a estrutura se tornará um importante ponto turístico, histórico e de preservação cultural da cidade.