Iniciada aplicação de larvicidas em Lomba Grande

Publicada em 18/10/2012 - Atualizada em 17/10/2024
Responsável pela aplicação, Yuri Becker, distribui o produto no arroio da propriedade Bento Winck - Foto: Andressa Lima
Para evitar a proliferação de mosquitos borrachudos no Município, a Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), iniciou a aplicação do larvicida biológico Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI), no bairro Lomba Grande, na manhã de quinta-feira, 18 de outubro. O larvicida, diluído em água, é aplicado nas nascentes e córregos dos arroios e rios, em 72 pontos pré-definidos. “A partir da água ele pode ser distribuído. A vazão da água é suficiente para atingir uma maior cobertura, por isso o produto é utilizado em pontos estratégicos”, salienta o diretor da SDR, Carlos Gutbier.

A aplicação acontece três vezes em um intervalo de 15 dias. Os primeiros locais foram os arroios no Centro de Lomba Grande, o arroio da Sociedade de Lomba Grande e outro localizado na propriedade Bento Winck. O larvicida natural não agride o Meio Ambiente nem a população. Conforme Gutbier, a medida procura contemplar a área rural e urbana da cidade. “Alguns arroios cruzam com a parte urbana, então, encontramos mais resíduos nas margens, o que facilita a criação das larvas”.

A operação combate apenas larvas do mosquito, não os borrachudos já adultos. De acordo com o engenheiro agrônomo da SDR, Yuri Becker, a aplicação não elimina, mas ameniza a incidência do inseto. “Outra dica que a população pode seguir é o plantio de capim citronela ao redor das casas, o cheiro serve como repelente”, salientou. A picada do borrachudo causa desconforto aos moradores do bairro rural, pois causa irritação e, até mesmo, inflamação, sendo as crianças as principais vítimas.

Medida teve a data antecipada

A operação, que normalmente acontece de novembro a dezembro, teve a data adiantada em função da grande incidência de mosquitos borrachudos. Mudanças climáticas, lixo acumulado e desmatamento em volta de córregos e arroios contribuíram com a alteração no cronograma e com a multiplicação das larvas. “Cada ano aumenta a contaminação da água, quanto mais poluição e mais desmatamento, mais haverá mosquitos”, informou Becker, que aplicou o produto. “Ano após ano, a aplicação tem começado mais cedo, a comunidade pode colaborar impedindo o desmatamento na beira dos rios e evitar jogar lixo”, completou.