O letramento racial foi tema de uma formação promovida em parceria entre o Programa Municipal de Pacificação Restaurativa (RESTAURA NH) e a Secretaria Municipal de Educação (SMED). O encontro foi destinado a profissionais da rede de atendimento municipal de Novo Hamburgo e contou com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) e da Câmara de Vereadores de Esteio.

O objetivo da atividade, realizada na última sexta-feira (23), foi aprofundar o conhecimento sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira, além de incentivar a reflexão crítica sobre o enfrentamento ao racismo. A formação foi conduzida por dois facilitadores de Justiça Restaurativa: a assessora pedagógica da Gerência de Educação Inclusiva e Diversidade da SMED, Fernanda Oliveira, e o psicólogo e mestrando em Memória Social e Bens Culturais, Everson Jaques.

Os palestrantes destacaram que o letramento racial é essencial para uma visão mais consciente e responsável da sociedade. Eles enfatizaram também a importância de compreender que a história do Brasil não pode ser contada sem a presença e contribuição do povo negro.

O RESTAURA NH, que visa promover a cultura de paz e fortalecer os vínculos comunitários, continua a desenvolver ações educativas, rodas de conversa e práticas restaurativas para envolver a sociedade no processo de construção de uma cidade mais justa, inclusiva e antirracista. Novos encontros formativos estão previstos para fortalecer ainda mais esse compromisso.

O letramento racial é um conjunto de práticas voltadas à conscientização sobre as relações raciais na sociedade e ao combate ao racismo. Criado pela antropóloga afro-americana France Winddance Twine em 2003, o conceito foi traduzido para o português como "letramento racial" pela psicóloga Lia Vainer Schucman, e visa ajudar as pessoas a reconhecerem e questionarem preconceitos, estereótipos e injustiças raciais.