Reunião do GGI-M tratou de assaltos e roubos a ônibus

Publicada em 28/05/2015 - Atualizada em 17/10/2024
Reunião do Gabinete de gestão Integrada Municipal (GGI-M) e Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SESMUR) tratou de assaltos e roubos a ônibus. - Foto: Paulo Barcelos

Uma reunião da Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) e a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SESMUR), debateu um assunto importante para os usuários do transporte público da cidade e da região. Assaltos e roubos aos coletivos estiveram na pauta do encontro, realizado na tarde de quinta-feira, dia 28 de maio, no salão nobre da sede da Guarda Municipal, no bairro Pátria Nova. Estiveram reunidos representantes da SESMUR, Guarda Municipal (GM), Brigada Militar, Polícia Civil, e das empresas de transporte coletivo que operam as linhas municipais e intermunicipais dentro da cidade.

Segundo o titular da SESMUR, Egon Kirchheim, a reunião proporciona uma aproximação entre as corporações e as empresas, com o objetivo de alinhar ações que atendam a demanda. “Esse é um importante momento de diálogo onde as empresas podem ajudar a identificar os pontos vulneráveis, para daí, serem articuladas operações de combate às ações criminosas”, salienta. “Como as ações dos criminosos são na maioria das vezes rápidas, entram em um ponto, roubam e logo desembarcam, o flagrante fica dificultado. Sendo assim, necessário a investigação para identificar e prender os criminosos”, acrescenta.

O delegado da 3ª delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ª DPRM), Rosalino Constante Seara, destacou que as operações conjuntas entre as forças policiais contribuem para inibir as ações criminosas. Reforçando essa ideia, o diretor da Guarda Municipal, Marcos dos Santos, destacou que apesar de o policiamento ostensivo não ser uma atribuição da corporação, a GM tem sido parceira de operações integradas com as demais forças policiais. “Nos colocamos a disposição, em tudo o que for do alcance da corporação, para atuarmos conjuntamente no enfrentamento dessas questões que envolvem os crimes aos coletivos”, ressalta.

Câmeras nos ônibus

Conforme o diretor do GGI-M, Mauro José da Silva, o monitoramento embarcado, ou seja, as câmeras instaladas dentro dos coletivos, tem contribuído para minimizar os incidentes de roubos, e ainda a identificar os delinquentes. De acordo com o Major Zanini, da Brigada Militar, o videomonitoramento dentro dos ônibus pode reduzir consideravelmente os crimes. “No último batalhão em que eu passei, nos reunimos, de forma parecida com as empresas de transporte coletivo. Após elas terem instalado câmeras nos seus ônibus, foi reduzido o número de assaltos em até 80%”, lembra.

Drogas

Para os participantes da reunião, a maioria dos casos de assaltos e roubos nos ônibus pode estar ligado ao uso de drogas. “Como hoje, os vales-transportes são na sua maioria por sistema de bilhetagem eletrônica, há pouco giro de dinheiro em espécie dentro do coletivo. Portanto, quando nos roubam, a quantia não chega a ser tão grande, mas nem por isso deixa de fazer falta. O que nos leva a crer que a quantia seja para a compra de drogas”, diz um dos empresários. O delegado da 4ª DP de Novo Hamburgo, Moacir Fermino, também acredita que os delitos sejam na sua maioria cometidos por usuários de drogas. “São quantias roubadas para manter o vício”, considera.

Registro da ocorrência

Na oportunidade foi abordada a importância de que as vítimas registrem ocorrência. O delegado Tarcísio Kaltbach da 1ª DP de Novo Hamburgo ressalta que a polícia trabalha com informações. “As vítimas devem registrar o ocorrido nos fornecendo dados sobre o local exato da ocorrência e a descrição do criminoso”, disse. Conforme o delegado da 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo, Alexandre Quintão, por meio das ocorrências registradas a delegacia de sua competência tem designado um investigador para analisar as informações dadas pelas vítimas e para averiguar as imagens captadas pelas câmeras instaladas nos ônibus. “Quando tomamos conhecimento de casos e recebemos subsídios, as chances de chegar aos criminosos são ampliadas”, explica.