Representantes das instituições de segurança pública, entidades e comunidade participaram na noite da segunda-feira, 3 de dezembro, da audiência que debateu o tema da segurança em Novo Hamburgo. O encontro ocorreu no plenário da Câmara Municipal. O objetivo foi o de discutir sobre os atuais índices e também as ações realizadas no Município sobre o tema.

Ocuparam a tribuna da Câmara o prefeito Tarcísio Zimmermann, o presidente do Legislativo, Gilberto Koch, o comandante do 3º BPM Tenente Coronel Cláudio Rieger, o comandante regional de polícia ostensiva Coronel Paulo Henrique Gonçalves Sperb (que representou o secretário estadual da Segurança, Airton Michels), o delegado Enizaldo Plentz, o delegado regional de polícia Marcelo Moreira da Silva e o vereador Raul Cassel.

No início da sessão a representante do movimento Manifesto pela Segurança Pública de Novo Hamburgo, Kelen Trentin, utilizou a tribuna para falar sobre o caso que motivou a criação do grupo, o assassinato de dois jovens em outubro deste ano. A hamburguense também destacou a necessidade do envolvimento da comunidade em não somente cobrar, mas também em agir de forma a mudar a realidade dos dias atuais. “Precisamos deixar o conforto dos nosso lares, deixar de valorizar o individual e trabalhar pelo coletivo. Pois somente juntos conseguiremos alcançar algum objetivo”, disse. Kelen entregou ao prefeito um abaixo-assinado com mais de 4 mil assinaturas e uma lista de providências que o grupo julga importantes no combate à violência na cidade.

O prefeito destacou o trabalho desenvolvido pela Administração e as ações implantadas na área de segurança, como o fortalecimento do trabalho integrado entre Guarda Municipal, Brigada Militar e Polícia Civil, por meio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M). A instalação de câmeras de vigilância, o projeto junto ao Estado que possibilitará o policiamento comunitário, a Lei dos Flanelinhas e o aumento do efetivo da Guarda também foram citados. Tarcísio ainda lembrou para a necessidade de um grande comprometimento de todos. “A sociedade cultiva a transgressão e nossa cidade vive muito isso, a tentativa de que a punição só atinja os outros. Isso vai gerando um mau exemplo social. A comunidade precisa estar disposta a assumir o desafio de um pacto pela tolerância zero”.

Mais de 100 pessoas estiveram presentes na sessão, que foi transmitida ao vivo pelo canal TV Câmara. Há a possibilidade de que, nos próximos meses, haja um novo encontro abordando o assunto, e também aberto a participação da comunidade.