SUS EM CASA cresce 70% no segundo trimestre de 2010

Publicada em 27/07/2010 - Atualizada em 17/10/2024
SUS EM CASA cresce 70% no segundo trimestre de 2010 - Foto: Divulgação FSNH
O atendimento domiciliar feito por profissionais técnicos do SUS EM CASA, do Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) de Novo Hamburgo, cresceu 70% no segundo trimestre de 2010 em comparação aos primeiros três meses deste ano. Durante os meses de abril, maio e junho, a equipe técnica prestou atenção básica domiciliar a 71 pacientes em diversos bairros de Novo Hamburgo. No total foram realizados 717 atendimentos residenciais, contra 422 feitos no primeiro trimestre deste ano. Para se ter uma ideia da evolução e do envolvimento da equipe técnica do programa com a comunidade internada, o SUS EM CASA conseguiu registrar no segundo trimestre de 2009 (ano de sua criação), o total de 121 deslocamentos para atendimentos profissionais, em casas de 28 pacientes.

Para a enfermeira Ana Paula Nascimento, coordenadora do SAD e responsável pelo desenvolvimento do programa junto ao Hospital da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo - FSNH, este crescimento significativo no número de atendimentos domiciliares, em abril, maio e junho de 2010, se deu especialmente devido a contratação de profissionais médicos e técnicos de enfermagem. “Estamos todos comprometidos com o bom desempenho desta nova modalidade de trabalho”, explica.

O trabalho tem tido reconhecimento por todo o Estado. Segundo a secretária de Saúde, Clarita de Souza, municípios da região já estão buscando informações sobre a elaboração do atendimento domiciliar prestado por Novo Hamburgo. “Por ser uma experiência inovadora na atenção a saúde integral, as cidades vizinhas já buscam orientações para também implantar o programa”, comenta.

Serviço aos usuários do Hospital

O serviço é oferecido aos usuários do Hospital da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo que possuam condições de permanecerem sob tratamento e cuidados em suas residências e que tenham um responsável por ele, no domicílio. O projeto atende até 30 pacientes por mês, simultaneamente. A equipe de profissionais é constituída por dois grupos: um que atua em todos os casos e é formado por um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um médico e o outro, de apoio específico para cada caso, que possui um nutricionista, um farmacêutico, um assistente social, um psicólogo e um terapeuta-ocupacional.

De acordo com Ana Paula, o programa trabalha para a recuperação do paciente no domicílio, após ser estabilizado no hospital, por considerar que na sua casa o cidadão consegue uma melhora considerável com naturalidade. “Um exemplo é uma pessoa que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (derrame) e teve sua situação estabilizada. Ela já pode ser incluída no programa e passar a desfrutar da tranquilidade do seu lar, onde ela vai ter uma recuperação muito mais rápida”, explica. Ela constata, ainda, que este sistema consegue diminuir os casos de reinternações desnecessárias ao mesmo tempo em que cria um ambiente mais propício para a recuperação dos pacientes.

Atendimento humanizado mesmo em casa

O atendimento do SUS EM CASA se diferencia pelo ganho humanitário que o paciente e o familiar/cuidador obtêm. Também é muito importante o trabalho que a equipe técnica desenvolve na casa do paciente antes mesmo dele deixar o hospital e passar a receber um acompanhamento residencial. Enquanto ele ainda permanece no hospital, uma equipe técnica avalia as condições do lar e realiza até adaptações para garantir a recuperação da pessoa acamada. “Em alguns casos o Hospital é chamado a ceder uma cama hospitalar para que se possa dar continuidade no tratamento do cidadão adoentado”, argumenta a enfermeira. Já a medicação é fornecida gratuitamente a todos os cadastrados no serviço. “Existe também alguns pacientes que necessitam até do aparelho de oxigenação”, conta Ana Paula, afirmando que nesses casos, o hospital também fornece o equipamento.