Conferência debate rumos da segurança alimentar na região
Representando o prefeito Tarcísio Zimmermann, o secretário da Educação e Desporto, Alberto Carabajal, analisou a segurança alimentar de forma globalizada. Ele salientou avanços, mas apontou que existe a necessidade de desenvolver, cada vez mais, novos programas ligados à alimentação. “Estamos melhorando nosso mundo. Mas temos que fortalecer o conceito de que o direito à alimentação adequada não é pelo fato de que alguém nos dá isso, mas sim por que precisamos”, frisou. Entre as sugestões, Carabajal propôs uma aproximação dos governos com os agricultores, gerando mais renda no meio rural e oferecendo produtos mais saudáveis à população.
A estimativa é de que, em Novo Hamburgo, 30% da população vive em condição de insegurança alimentar. Conforme a secretária Jurema Guterres, somente a SDS distribui mais de 800 refeições diárias para a comunidade. “Essa conferência visa ampliar as discussões em torno deste tema e verificar que novos projetos podem ser trabalhados no Município”, disse. Entre as medidas já tomadas na cidade, no dia 20 de junho foi inaugurado o Banco de Alimentos da Região do Calçado do Rio Grande do Sul, que atenderá Novo Hamburgo, Sapiranga, Estância Velha e Campo Bom. O espaço conta com apoio de entidades privadas e fica na Rua Rincão, 223.
Mais de 65 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar
Durante a conferência, uma série de dados apresentados chamaram a atenção dos presentes. Em sua declaração, a presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA), Dilce Munhoz, trouxe números que mostram que o tema necessita de atenção. Entre os dados exibidos, 65,6 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar. “Trata-se de um universo em que muitos têm o que comer, mas fazem errado, e outros não têm como se alimentar corretamente”, explicou.
A presidente do CONSEA/RS, Regina Miranda, foi uma das palestrantes da conferência. Entre suas afirmações, ela destacou a necessidade das discussões se tornarem um processo democrático. Para Regina, o tema tem que envolver ações construídas entre os governos e a sociedade civil. “O Brasil é referência mundial no combate à pobreza com a série de programas que desenvolve. Mas os governos têm muito a aprender com a comunidade e isso pode fortalecer os processos à segurança alimentar”, declarou.