Palestra encerra ciclo de debates da igualdade racial

Publicada em 16/05/2013 - Atualizada em 17/10/2024
A palestra foi realizada para alunos do 8º ano da EMEF Presidente Prudente de Moraes - Foto: Luís Francisco Caselani
A semana de atividades organizadas pela Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção de Igualdade Racial (COMPPIR) para celebrar os 125 anos da Lei Áurea encerrou na tarde de quinta-feira, 16 de maio, com a palestra “A escola com papel de afirmação”. Ministrado pela historiadora Caroline de Aguiar Cunha, o encontro foi direcionado para os alunos do 8º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Presidente Prudente de Moraes. A professora de Língua Portuguesa Elza Foss Parral salientou a importância de trazer esse debate para o âmbito escolar. “O preconceito acontece entre as crianças principalmente em tom de brincadeira. Ações como essa permitem que elas entendam que essas atitudes podem acabar humilhando outro colega”, afirmou.

A palestrante trouxe aos alunos um curta-metragem que debatia o preconceito racial entre adolescentes. De acordo com Caroline, a escola oferece espaço para que as crianças possam aprender desde cedo a importância da igualdade racial. “O trabalho educativo para a compreensão do preconceito e de seus malefícios é essencial para que sejam criadas novas atitudes”, explicou. O estudante Wellerson de Andrade, 14 anos, aprovou a palestra. “Achei muito boa a inciativa de trazer esse assunto porque nos ajuda a entender melhor que precisamos nos relacionar melhor com os colegas”, contou.

A semana

Durante quatro dias, professores e historiadores se reuniram com cerca de 2 mil crianças, jovens e adultos em diferentes unidades de ensino do Município. As palestras e os debates fizeram parte da semana “O negro no Brasil: 13 de maio de 1888 e o dia seguinte, conquistas e desafios”. Para o titular da COMPPIR, Eduardo Tamborero, as atividades foram muito positivas. “Conseguimos discutir o antes e o depois da Lei Áurea, desde a resistência dos negros durante a escravidão até as dificuldades encontradas após a abolição”, concluiu.