Roda de Conversa discutiu inclusão no mercado de trabalho

O titular da CPPD, Darwin Kremer, mediou a Roda de Conversa e ficou satisfeito com o resultado. “Esse tipo de conversa é muito importante, pois podemos estreitar laços. Tem de haver mais diálogo, e a coordenadoria pode fazer essa intermediação. Vamos continuar insistindo nessa aproximação entre os empregadores e as pessoas com deficiência”, garantiu.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos e Cidadania da Pessoa com Deficiência e presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (ADEVIS-NH), Ricardo Seewald, disse que houve um avanço, mas ainda há muito a ser conquistado. “Sou testemunha de um avanço nessa questão em Novo Hamburgo, mas ainda não se compreendeu todas as possibilidades destas pessoas. Ainda há muito preconceito e desinformação, existe um elo a ser fechado”, afirmou.
Entre os grupos e entidades que participaram da Roda de Conversa estavam a Agência Municipal de Empregos (AME), que trouxe o dado de que há 20 vagas abertas para deficientes registradas; o Grupo Sinos, que está preparando um programa de inclusão; e o Sindilojas, que quer não só empregar pessoas com deficiência, mas também que o comércio saiba atendê-los. Alexsandra Leal, líder de processos educacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/NH), afirmou que a inclusão deve ser uma preocupação de toda a comunidade e todos devem estar preparados. “O SENAC trabalha com a preparação para o mercado de trabalho, temos de preparar também as pessoas com deficiência. Cada vez mais vemos essas pessoas atuando socialmente, temos que discutir maneiras para incluí-las no mercado também”, ressaltou.
Na opinião do presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Novo Hamburgo (ADEFI-NH), João Pedro Brochado, ainda há muito a ser feito. “A quantidade de jovens que não consegue emprego é imensa. O deficiente está na empresa por causa da lei de cotas e não tem perspectiva de promoção. Noto que não conseguem subir de níveis. Há muito a ser feito”, concluiu.