Viva Mulher completa sete anos
Comemorações reuniram autoridades e público atendido

Tomara que um lugar como esse, um dia, não seja mais necessário. Durante as comemorações dos sete anos do Viva Mulher, este era o desejo íntimo de cada um que estava ali para reforçar o comprometimento pelo fim da violência contra a mulher. Por isso, a tarde de quinta-feira, 15, foi, também de reflexão. Ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SDS), o Viva Mulher atende mulheres em situação de vulnerabilidade. São, em geral, vítimas de violência doméstica, que, na maioria das vezes, encontram na figura do companheiro, o agressor.
O encontro foi aberto com a apresentação de um vídeo produzido pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), do bairro Canudos, com depoimentos de mulheres que lá são atendidas.
Marcaram presença nas comemorações dos sete anos do Viva Mulher, o vice-prefeito, dr. Antônio Fagan, a diretora de Desenvolvimento Social, Marcia Luz, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Condim), Glacira Silva, a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Eliana Bekenstein e a coordenadora do Viva Mulher, Elis Regina Barros. Também estavam representantes da Patrulha Maria da Penha e do Núcleo de Apoio à Mulher da Universidade Feevale, além da primeira coordenadora do Viva Mulher, Fátima Fraga. “É um momento importante, de reflexão, de busca por equilíbrio e de respeito”, disse Eliana, ao fazer referência ao grande trabalho que Elis Regina tem na coordenação do Viva Mulher.
Respeito e educação
Para Fagan, o respeito pela mulher passa principalmente pela educação. É uma questão de caráter, disse ele, ao lembrar que, numa família de cinco homens – ele e os irmãos – a mãe teve papel fundamental no sentido de educar ensinando a respeitar.
Emocionada, Fátima Fraga relembrou seu trabalho e de sua equipe durante a implantação do Viva Mulher. “Tenho um profundo respeito por quem está aqui, por quem dedica seu tempo a disseminar informações e ajudar a prevenir e identificar situações de violência”, afirmou Fátima, reforçando o desejo de que um dia lugares como o Viva Mulher sejam cada vez menos necessários. “A gente perde todo o brilho quando está em situação de violência, quando é vítima de agressão, não somente física. Tem marido que acaba com a mulher”. É para acabar com histórias como essa, relatada por uma das mulheres atendidas ali, que a equipe do Viva Mulher se mobiliza diariamente.